A criatividade é intrinsica à nossa humanidade. Deus comissiona o homem para a criatividade, sendo ele um Deus criativo. Mas esta verdade está longe de ser apreciada nos círculos evangélicos de nossos tempos, em que quase tudo é feito às pressas, em tempo recorde e sem um verdadeiro planejamento ou busca de tom criativo nelas. Nós nos esquecemos de que a busca pela excelência também é uma das maneiras de louvar a Deus.
Para me assegurar do que estou dizendo, basta olharmos para as composições do mundo gospel, para as estruturas dos nossos templos, para o design dos nossos cultos, para a forma da nossa liturgia. Tudo isso reflete a falta de criatividade, atribuída em nome da simplicidade que empregamos em tudo que fazemos.
Ora, creio que não é bem assim: simplicidade não significa falta de criatividade. Simplicidade seria a mais criativa forma de apresentarmos o amor do Criador ao mundo, de modo que quem estiver ao nosso redor perceba a grandeza daquilo que queremos transmitir.
Vale aqui lembrar as palavras de Schaeffer, que ecoam de forma intensa em meu coração: “O cristão é alguém cuja imaginativo deve voar além das estrelas”. Schaeffer nos dá a entender com isso que a criatividade do cristão não tem limites, pois ela tem como alvo as profundezas da glória de Deus - e glória é a aquilo que ser humano nenhum consegue descrever de maneira real, a não ser pelo imaginativo.
Deixe-me aqui definir de maneira clara o que é o imaginativo antes de prosseguir com nossa reflexão, pois por meio desta definição estaremos em condições de fazer um contraponto com a realidade que vivemos e avaliar se o que fazemos é ou não criatividade.
Segundo C.S.Lewis, o imaginativo é algo criado pela mente humana em sua tentativa de responder a algo maior do que ela mesma. Em contrapartida, o imaginário é algo que foi criado falsamente, sem contrapartida com a realidade.
Feito isto, é nítido notarmos que vivemos em mundo imaginário, onde a criatividade é limitada e extraída de uma mente dominada pelo pecado, cujas imagens são distorcidas e não conseguem um pleno acesso ao divino, de tal modo a trazer uma imagem viva e de maneira aproximada, tentar fazer a descrição do belo de Deus, da sua glória e da sua verdadeira essência. Logo, Cristo é a fonte pelo qual temos acesso ao imaginativo. Sem Ele, tudo é apenas uma mera imaginação.
Ora, é notória nossa sensação de maravilhamento diante da visão do imaginativo empregado nas escrituras sagradas, onde os profetas e apóstolos eram levados a contemplar a gloria de Javé; como Isaias, Jeremias, Ezequiel e João não conseguiram descrever o que viam e de maneira imaginativa nos trazem as ilustrações das criaturas celestiais - ora magnificas, ora monstruosas , de suas deslumbrantes e assombrosas visões do Deus Augustus. Assim como Paulo, que de tão real a visão da glória não conseguia diferenciar se sua experiência de êxtase fora no corpo ou fora do corpo.
Ahhh!! Isso é o imaginativo! Percebe-se que quando lemos e cantamos as orações dos salmos nossos corações vibram e nossas entranhas estremecem porque elas representam a perfeita criatividade do imaginativo, da real visão divina, onde o ser humano é elevado e ao mesmo tempo convidado a se prostrar diante do Divino sem palavras e é convidado a adorar e a contemplar aquele é santo e belo.
Precisamos viver no imaginativo e não no imaginário, porque o imaginativo é intenso, ao passo que o imaginário estagnado.
A arte do imaginativo é a mais bela e exata expressão da essência de Deus, pois ela revela a verdade e o verdadeiro ser do divino. Assim como Schaeffer lembrou-nos que Jesus é o pai da beleza e da criatividade.
Portanto, a primeira razão para valorizarmos a criatividade é que Deus é o Criador. Em segundo lugar, uma obra de arte tem valor como criação porque o homem é feito à imagem de Deus e, portanto, pode não apenas amar, pensar e sentir emoções - ele tem também a capacidade de criar. Tendo sido feitos à imagem do Criador, somos chamados à criatividade.
Tomás Fernando Camba é amante de filosofia e orador.
Trabalha na igreja Batista do Morumbi, onde atua na área de Ensino.
Para me assegurar do que estou dizendo, basta olharmos para as composições do mundo gospel, para as estruturas dos nossos templos, para o design dos nossos cultos, para a forma da nossa liturgia. Tudo isso reflete a falta de criatividade, atribuída em nome da simplicidade que empregamos em tudo que fazemos.
Ora, creio que não é bem assim: simplicidade não significa falta de criatividade. Simplicidade seria a mais criativa forma de apresentarmos o amor do Criador ao mundo, de modo que quem estiver ao nosso redor perceba a grandeza daquilo que queremos transmitir.
Vale aqui lembrar as palavras de Schaeffer, que ecoam de forma intensa em meu coração: “O cristão é alguém cuja imaginativo deve voar além das estrelas”. Schaeffer nos dá a entender com isso que a criatividade do cristão não tem limites, pois ela tem como alvo as profundezas da glória de Deus - e glória é a aquilo que ser humano nenhum consegue descrever de maneira real, a não ser pelo imaginativo.
Deixe-me aqui definir de maneira clara o que é o imaginativo antes de prosseguir com nossa reflexão, pois por meio desta definição estaremos em condições de fazer um contraponto com a realidade que vivemos e avaliar se o que fazemos é ou não criatividade.
Segundo C.S.Lewis, o imaginativo é algo criado pela mente humana em sua tentativa de responder a algo maior do que ela mesma. Em contrapartida, o imaginário é algo que foi criado falsamente, sem contrapartida com a realidade.
Feito isto, é nítido notarmos que vivemos em mundo imaginário, onde a criatividade é limitada e extraída de uma mente dominada pelo pecado, cujas imagens são distorcidas e não conseguem um pleno acesso ao divino, de tal modo a trazer uma imagem viva e de maneira aproximada, tentar fazer a descrição do belo de Deus, da sua glória e da sua verdadeira essência. Logo, Cristo é a fonte pelo qual temos acesso ao imaginativo. Sem Ele, tudo é apenas uma mera imaginação.
Ora, é notória nossa sensação de maravilhamento diante da visão do imaginativo empregado nas escrituras sagradas, onde os profetas e apóstolos eram levados a contemplar a gloria de Javé; como Isaias, Jeremias, Ezequiel e João não conseguiram descrever o que viam e de maneira imaginativa nos trazem as ilustrações das criaturas celestiais - ora magnificas, ora monstruosas , de suas deslumbrantes e assombrosas visões do Deus Augustus. Assim como Paulo, que de tão real a visão da glória não conseguia diferenciar se sua experiência de êxtase fora no corpo ou fora do corpo.
Ahhh!! Isso é o imaginativo! Percebe-se que quando lemos e cantamos as orações dos salmos nossos corações vibram e nossas entranhas estremecem porque elas representam a perfeita criatividade do imaginativo, da real visão divina, onde o ser humano é elevado e ao mesmo tempo convidado a se prostrar diante do Divino sem palavras e é convidado a adorar e a contemplar aquele é santo e belo.
Precisamos viver no imaginativo e não no imaginário, porque o imaginativo é intenso, ao passo que o imaginário estagnado.
A arte do imaginativo é a mais bela e exata expressão da essência de Deus, pois ela revela a verdade e o verdadeiro ser do divino. Assim como Schaeffer lembrou-nos que Jesus é o pai da beleza e da criatividade.
Portanto, a primeira razão para valorizarmos a criatividade é que Deus é o Criador. Em segundo lugar, uma obra de arte tem valor como criação porque o homem é feito à imagem de Deus e, portanto, pode não apenas amar, pensar e sentir emoções - ele tem também a capacidade de criar. Tendo sido feitos à imagem do Criador, somos chamados à criatividade.
Tomás Fernando Camba é amante de filosofia e orador.
Trabalha na igreja Batista do Morumbi, onde atua na área de Ensino.